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Papéis de parede em alta: boa oportunidade para mercado de impressão

Article-Papéis de parede em alta: boa oportunidade para mercado de impressão

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Impulsionadas pela baixa compra de imóveis novos e usados, a reforma residencial e a busca por artigos de decoração estão ganhando espaço na agenda do brasileiro. Para se ter uma ideia, no ano passado, mais de R$ 6 bilhões foram gastos por brasileiros com itens para decoração e reforma do lar, de acordo com a pesquisa Pyxis Consumo do Ibope Inteligência.

Entre os itens que fizeram parte do checklist de reforma dos brasileiros está um velho conhecido: o papel de parede, basicamente por ser uma opção rápida de ser aplicada, democrática (graças a variedade de estilos), versátil em termos de preço e mais limpa do que uma pintura. Quem entende do assunto diz que a tendência do papel de parede na decoração veio para ficar e isso pode ser uma oportunidade para o mercado de impressão.

Para o presidente da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Levi Ceregato, mesmo que “embrionário” o mercado tem grande potencial de crescimento, com oportunidades para quem deseja produzir papel de parede. Isso deve aumentar a competição entre fabricantes, pois quem já é especializado vai buscar novos processos seja para baratear a produção ou aumentar a qualidade do item.

Eis aí uma oportunidade para o mercado brasileiro. Já que tão importante quanto investir em qualidade é oferecer um leque variado de opções. Ainda hoje, com a crescente procura ao produto, muitos profissionais têm recorrido a papeis de parede importados. É o caso da designer de interiores Daniela Cianciaruso. “As marcas internacionais dispõem de maior variedade de estampas, texturas e acabamentos”, compara.

Espaço para inovação

O engenheiro João Marcos Dalla Rosa, da Real Estúdio, instalada em Blumenau (SC), começou a desenvolver papeis de parede para atender proprietários de lojas de artigos para casa. Inicialmente, o engenheiro criou uma versão adesiva de seus tecidos para ser utilizada como papel de parede comum. Na época, ele produzia etiquetas e bordados, lençóis e fornecia tecidos estampados para uma camisaria.

Dalla Rosa explica que hoje o produto está diferente: utilizando uma máquina de estamparia digital com pequenas adaptações e sem consultoria externa, a empresa desenvolveu um papel de parede 100% algodão que pode ser impresso ao gosto do cliente. A expectativa é que o produto responda por 35% do faturamento da Real Estúdio.

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